Zona Curva

Benbar Zona Curva

Síntese de programa BENBAR (Belas, empoderadas no bar), transmitido pelo Zona Curva no Youtube.

BENBAR AGOSTO LARANJA

Colaborou Letícia Coimbra O Benbar (Belas, empoderadas no Bar) do dia 12 de agosto foi realizado em homenagem ao Agosto Laranja, mês da conscientização sobre a Esclerose Múltipla (EM), com participação de Aline de Souza, influenciadora digital e ativista pelo direitos das pessoas com esclerose múltipla, e Bruna Rocha, escritora e colaboradora da Amigos Múltiplos pela Esclerose (AME). O programa teve a apresentação de Lilian Dreyfuss e participação de Luli Sarraf.   Descoberta do diagnóstico Bruna Rocha, uma das fundadoras da AME, diz que criou a organização há dez anos para multiplicar as informações disponíveis e aumentar a rede entre pessoas diagnosticadas com a doença. A escritora afirma que “nunca quis que as pessoas ficassem sozinhas ao receberem o diagnóstico”. Ela ressalta que existem muito mais fontes de informações hoje do que quando ela recebeu o diagnóstico, ainda na adolescência. A escritora conta que, por saber inglês, conseguiu pesquisar sobre a doença, já que não existiam muitas informações em português sobre a doença na época. Ela se sentia muito sozinha, pois não conhecia pessoas diagnosticadas com a patologia e não obteve informações do médico a respeito e tinha muitas dúvidas. “A gente pode fazer o que a gente quiser, vai depender muito do nosso ritmo, da gente aprender sobre o nosso corpo, até onde vai a nossa limitação, até onde não vai, aprender a conviver com algumas deficiências e sequelas. Mas isso a gente só aprende quando tem uma pessoa junto e tem exemplos”, destaca. Bruna criou seu blog para encontrar pessoas que tivessem o mesmo diagnóstico. “Ele cresceu muito rápido, virou a rede AME e tudo mais porque não tinha ninguém falando isso no Brasil”, conta. Porém, a situação mudou e hoje muitas pessoas compartilham suas experiências na internet. Bruna chama a atenção para esse detalhe e afirma ser importante ter cuidado com notícias falsas sobre a doença, pois a web é abarrotada de pessoas vendendo receitas milagrosas de cura. Já Aline de Souza relata que quando foi diagnosticada com a EM, o seu único contato com a doença havia sido através de uma conhecida que tinha a doença em um estágio mais grave e estava debilitada. Por esse ser seu único exemplo, ficou apavorada e diz ter sofrido muito. Depois de um tempo, decidiu que iria mudar seu posicionamento em relação à doença. “Não aceitei perder mais tempo já que estava bem de saúde, então tinha que parar de chorar e viver de fato”. Foi aí que, ainda tímida, decidiu compartilhar nas redes sociais sua experiência com a EM como uma “libertação”. Hoje, Aline é influenciadora digital e ativista pela esclerose múltipla nas redes e até consegue monetizar seu conteúdo.   O trabalho e a doença Bruna Rocha trabalhava como publicitária, mas devido ao ritmo exaustivo foi necessário o uso de bengala. Ela encontrou uma alternativa na vida acadêmica, onde ela realiza boa parte do trabalho em casa. De acordo com pesquisa realizada em 2019 pelo Centro de Inovação SESI Higiene Ocupacional, ligado à Firjan, 40% das pessoas com esclerose múltipla não estavam trabalhando. Bruna associa esse dado com a falta de crença das pessoas nos sintomas da doença e diz que ocorre em todos os ambientes, seja no trabalho, escola ou com os familiares. “Não podia trabalhar ontem, mas hoje está ali no bar tomando um chopp”, ironiza. “Ontem eu estava ruim, hoje eu estou bem. Deixa eu aproveitar a minha vida já que eu estou bem!”, completa.   Preconceito Bruna Rocha também aponta a invisibilidade que as pessoas com EM sofrem muitas vezes, pelos sintomas não serem aparentes, mas internos, sendo confundidos com preguiça. “Não tem um sinalizador visual da doença, e isso é complicado. Porque quando a gente fala que está sentindo fadiga, que não está bem e fala que está com sintoma, as pessoas não acreditam. Porque não aparece, não é um braço quebrado, não é uma deficiência, uma deformidade”, destaca. A escritora tem um companheiro, o Jota, que, assim como ela, possui esclerose múltipla, mas de um tipo mais agressivo: a primária progressiva. Juntos, eles têm o Francisco, uma criança de 5 anos. Segundo Bruna, é difícil acompanhar a energia da criança e ressalta a importância de ter uma rede de apoio para cuidar dos dois e trabalhar. “Criança e fadiga são duas coisas que não dá… não funciona. A criança tem uma energia de 50 parques de diversões e a gente não consegue acompanhar, ninguém é mulher maravilha”, brinca. BenBar com Erika Hilton “A língua de sinais é completa,” afirma Jadson Nunes, intérprete de LIBRAS

BenBar com Erika Hilton

Colaborou Isabela Gama Orgulho LGBTQIA+ – No dia 2 de junho, o Zonacurva estreou seu novo programa, o BenBar. A proposta é reunir mulheres em uma conversa descontraída para discutir política e assuntos atuais do Brasil e do mundo. Nesta semana, a convidada foi a vereadora paulistana Erika Hilton (PSOL), a mais votada na eleição de 2020.  Ela é presidente da comissão de direitos humanos da Câmara e atua fortemente nas pautas da população LGBTQIA+, é pré-candidata a deputada federal e um dos principais nomes da esquerda na cidade de São Paulo. Erika começou a live relembrando que junho é o mês do Orgulho LGBTQIA+, e demonstrou certa ambiguidade com a data. A vereadora reforça que trazer visibilidade para a pauta apenas no mês de junho é problemático visto que o Brasil é o país que mais mata pessoas trans. Outro problema são as marcas utilizarem da data para apoiarem a comunidade de forma superficial e colocá-las apenas como consumidora, trazendo uma falsa representatividade.  Entretanto, ela também explica que, se não houvesse o mês de junho, a comunidade não seria protagonista em nenhum momento do ano. Para ela, é uma forma de afirmar que “vocês não vão passar o mês de junho sem a nossa presença”, e deste modo, de forma gradual conquistar os outros meses do ano, e cada vez mais, tornar o Brasil um país seguro para a comunidade. Erika também comentou sobre a polêmica envolvendo a professora e comunicadora Rita Von Hunty, que apesar de ser um expoente entre os comunicadores de esquerda, declarou que não votará no ex–presidente Lula no primeiro turno. Erika, que já declarou o seu apoio a Lula, afirmou compreender o discurso de Rita, e que ele traz uma análise da conjuntura política de forma equilibrada.  A vereadora ressaltou a importância de se construir um debate público mais profundo, politizado e democrático, e não apenas invocando um grande nome da esquerda. Criando assim, a possibilidade de surgimento de novas lideranças como forma de consolidar a esquerda e o progressismo no país.  Aline, a esquerdogata, uma das integrantes do programa, afirmou que compreende a opinião de Erika, mas afirmou que teve medo de Bolsonaro crescer nas pesquisas após a fala de Rita. Que apesar de concordar com a linha de pensamento, ela acredita que agora, durante a corrida eleitoral não seja o momento ideal de fazer esse tipo de pronunciamento, visto que pode trazer “efeitos colaterais”. Igualdade na política pode levar mais de um século A luta contra a transfobia Poema da ativista trans-travesti Patrícia Borges BENBAR AGOSTO LARANJA Pelos direitos dos refugiados e migrantes LGBTI    

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