Zona Curva

Curtas na curva

Textos breves sobre uma gama variada de assuntos.

Pelos direitos dos refugiados e migrantes LGBTI

Os debates da 1° Conferência de Direitos Humanos para Refugiados e Migrantes LGBTI foram reunidos em ebook gratuito A 1ª Conferência de Direitos Humanos para Refugiados e Migrantes LGBTI aconteceu em março em São Paulo. Os debates podem ser conferidos na íntegra no e-book Projeto “Direitos Humanos para Refugiados LGBTI”. O evento foi realizado pela Casarão Brasil – Associação que atua em prol da população LGBTQIA+, com apoio do Consulado do Reino dos Países Baixos, apoio institucional da Casa da Gente Brasil/Catalunha e da Rede Europeia de apoio às Vítimas Brasileiras de Violência Doméstica (Revibra). O material trata das políticas públicas para refugiados e imigrantes na cidade de São Paulo. Segundo o presidente da Casarão Brasil, Rogério de Oliveira, o objetivo é oferecer propostas e parâmetros para a elaboração de políticas públicas consistentes e acolhedoras para essa população. “Vamos trabalhar para que a gente possa ter uma agenda para os próximos meses para que essa pauta, necessária e atual, continue”, afirmou em material distribuído para a imprensa. Link para acessar o e-book Participou do encontro a fundadora da Revibra, Juliana Wahlgren; a Chefe de Gabinete de Relações Públicas da Prefeitura de São Paulo, Ana Cristina da Cunha Wanzeler; a jurista da Casa da Gente Brasil/Catalunha, Mariana Araújo; a representante da Rede de Mulheres Migrantes Lésbicas Bissexuais e Pansexuais (Rede MILBI+), Maria Paula Brotero, entre outros. A luta contra a transfobia Poema da ativista trans-travesti Patrícia Borges Beijo bi do super-homem atualiza o mito

Guilherme Boulos mobiliza a esquerda com lançamento de livro

Na última terça (3 de maio), ocorreu o lançamento do livro “Sem medo do futuro” escrito por Guilherme Boulos, na Livraria da Vila, em Pinheiros que contou com a presença de cerca de 500 pessoas. O livro traz uma análise do autor sobre o Brasil em que vivemos e os sucessivos desmontes feitos nos projetos sociais por parte do governo federal.  Boulos escreve sobre os atuais conflitos econômicos, políticos, ambientais e sociais, relacionando-os com a história e o passado do país, arraigado por injustiças e inversões de valores, que favorecem a elite econômica.  De uma forma acessível e popular, deixando de lado o academicismo que predomina em obras como essa, o líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) também aponta uma luz para o futuro na tentativa de trazer de volta a esperança pros mais pobres que habitam essas terras tupiniquins. O lançamento do livro foi marcado por polêmica, primeiramente a sessão de autógrafos estava marcada para acontecer no auditório do MASP, mas o museu cancelou o evento após sua divulgação, alegando ser “uma instituição privada sem fins lucrativos, cujo estatuto proíbe quaisquer manifestações de caráter político”.  A cerimônia então foi transferida às pressas para a “Livraria da Vila”, na unidade da Fradique Coutinho. E contou com a presença de personalidades como o vereador e ex-senador Eduardo Suplicy e o ex-primeiro-ministro de Portugal José Sócrates.  Toda a renda arrecadada com a venda do livro será doada para as “Cozinhas Solidárias do MTST”. Lula e Boulos

Mônica Iozzi discute política com humor em seu novo programa

Na última quarta-feira, dia 9 de março, o Zonacurva participou da coletiva de imprensa de lançamento do programa “Fale mais sobre isso, Iozzi”, apresentado pela atriz Mônica Iozzi, que terá sua estreia no dia 14 de março  (segunda) às 21h45 no Canal Brasil.  Política é o tema central do projeto, que receberá intelectuais, jornalistas, cantores, comediantes e outros para “uma roda de conversa sobre assuntos políticos com propriedade, seriedade e simplicidade”,  conforme afirmou Mônica. Segundo ela, o programa quer atrair também o público que não acompanha política através do humor. Com isso, essas pessoas podem se dar conta do complicado cenário político brasileiro neste ano de eleições.  Representatividade foi um tópico importante para Mônica Iozzi na hora de escolher seus convidados, ela afirma que ainda não chegou onde queria, ela diz que gostaria de ter trazido convidados indígenas, mas que lutou com afinco para o programa ser o mais representativo possível.  A primeira temporada conta com convidados como Marcelo Adnet, Leandro Karnal, Fábio Porchat, Pedro Bial, Djamila Ribeiro, Marina Silva, Supla, Luis Lobianco, Jup do Bairro, BNegão, Elisa Lucinda, Samantha Schmutz e o cantor Falcão.

CAVIC lança novo ep autoral sobre experiência de transição para a fase adulta

O cantor paulista Cavic lança nesta sexta (dia 14) novo EP 18 em que reflete sobre sua transição pra vida adulta. O novo EP faz parte das cinco novas músicas que compõem “18” (a nova música leva o mesmo nome do disco), que fala sobre os processos dessa transição e trazem um tom mais maduro e confiante à sua carreira. Aos 18 anos, Cavic já tem sete músicas lançadas, além de diversas composições, mas agora se dedica a falar principalmente sobre as transformações de um jovem da geração Z para a maioridade: “São temas sobre essa fase em que a vida está girando as engrenagens para te colocar em algum lugar, para ver a realidade com a qual você precisa lidar”, afirma. O processo de criação do novo EP foi intenso e repleto de mudanças e começou ainda em abril de 2020. Seu trabalho foi feito a partir de um olhar mais crítico e perfeccionista, o que levou Cavic a ter quatro versões da música “Sobre lugares lindos” até chegar à quinta e ficar satisfeito. Além disso, a canção que dá nome ao EP tem um caráter especial: “Ironicamente, 18 foi a última música que eu fiz, e foi bom para mim. Quando eu terminei de compor, senti que tinha finalizado e encaixado a peça que faltava”, conta o cantor. Você poderá curtir  o lançamento do EP “18” pelo Spotify, Youtube ou na plataforma digital que preferir. Além disso, músicas como “Meu Bem”, que já conta com mais de 10 mil plays, também estão disponíveis e compõem o repertório do cantor. Jovem cantora Maluk Yeey produz músicas autorais baseadas em experiências pessoais

Paralisação dos pós-graduandos no dia 26

  O Zonacurva Mídia Livre se solidariza com a Paralisação Nacional dos Pós Graduandos  convocada pela ANPG (Associação Brasileira de Pós-Graduandos) em defesa da ciência, que ocorrerá no dia 26 de outubro. Repetidamente, Jair Bolsonaro e Paulo Guedes encaminham o país em direção ao desastre completo. Desta vez, permitindo o corte de R$ 635 milhões que deveriam ser recebidos pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para o pagamento de bolsas e projetos científicos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Em seu projeto de sucateamento da educação e da ciência, o governo federal ameaça o funcionamento de dezenas de universidades em decorrência dos sucessivos cortes que as instituições vêm enfrentando, correndo o risco da nação sofrer um apagão científico. Esse corte da verba do CNPQ serviria justamente para complementar o orçamento deficitário da agência e fazem parte do Fundo Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (FNDCT). A liberação desses recursos para a ciência seria fruto de uma longa batalha da comunidade científica contra o governo. Durante a pandemia de Covid-19, países do mundo inteiro investiram em pesquisas acadêmicas para garantirem a vida de sua população, seja com vacina ou estudos para conter a circulação do vírus. Tornou-se evidente a importância do conhecimento científico para a prevenção ao surgimento de novas doenças, assim como para o tratamento das já existentes. A maneira mais eficaz de se construir um Brasil moderno e livre de desigualdades é através da educação. Só assim é possível superar as dificuldades enfrentadas pelo país desde sua colonização exploratória. Os pesquisadores brasileiros precisam conseguir exercer suas tarefas com dignidade e respeito, ocupação que demanda dedicação integral, esforço e paixão. https://urutaurpg.com.br/siteluis/o-incentivo-a-pesquisa-retrocedeu-ao-nivel-nos-anos-90-afirma-flavia-cale-representante-nacional-dos-pos-graduandos/

Lula ganha no primeiro turno, segundo IPEC

O ex-presidente e futuro candidato Lula está liderando as pesquisas de intenção de voto para 2022, segundo o Ipec. Se as eleições fossem hoje, Lula ganharia já no primeiro turno porque entre os outros cinco candidatos, 48% dos entrevistados votariam nele (diferença de 11 pontos percentuais para todos os adversários combinados). Essa prospecção é favorável nos dois quadros propostos pelo Ipec, sendo o primeiro com cinco candidatos e o segundo, com dez. Mesmo com a ampliação das possibilidades, o petista chega a 45%, o que continua valendo como vitória no primeiro turno, mesmo com a margem de erro de dois pontos percentuais. Enquanto isso, Jair Bolsonaro segue perdendo apoio a cada novo levantamento. Agora, no primeiro cenário apresentado pelo Ipec, apenas 23% dos eleitores votariam no presidente. Além disso, mais da metade dos entrevistados se declara insatisfeita com o governo, fazendo com que 53% o avalie como “ruim ou péssimo”. Apenas 22% analisam como “bom” e 23% como “regular”, enquanto 1% não souberam ou não responderam. Ao serem perguntados pelo Instituto, 68% dos entrevistados declararam desaprovar a forma do presidente Bolsonaro administrar o país, enquanto 28% aprovam. O número de pessoas que não enxergam o governo com bons olhos foi o maior desde a sua eleição. Só no último levantamento realizado pelo Instituto, feito entre os dias 17 e 21 de junho, 49% dos entrevistados o avaliaram como “ruim ou péssimo”, enquanto 66% o desaprovavam. Esse aumento nos números negativos com relação ao Bolsonaro indicam a queda de sua popularidade e um cenário desfavorável à possibilidade de sua reeleição em 2022. Enquanto isso, Lula mantém positiva a sua caminhada à próxima eleição e conta cada vez mais com a formação de uma maior base aliada. Cerca de 2.002 pessoas foram entrevistadas na última semana e o nível de confiança da pesquisa é de 95%. Com informações do UOL e DW. Esquerda: o resgate do sonho  

Título a ser revogado

Santos, portas abertas ao mar é a “Terra da Liberdade” e o “Berço da Caridade”, como bem assinala o seu brasão, solo natal do patriarca José Bonifácio e Quintino de Lacerda, centro de movimentos abolicionistas, libertários e sindicais. No entanto, sendo um importante centro de convergência dos esforços das referências históricas do passado, é indigna e vergonhosa aos santistas a concessão do título de Cidadão Santista, em dezembro de 2020, ao atual ministro da Educação, Milton Ribeiro. As suas últimas declarações de cunho eugenista e segregacionista, afirmando que “alunos com deficiência atrapalham”, que existem crianças com “grau de deficiência que é impossível a convivência” e que há “dificuldade de algumas crianças com deficiências em classes comuns”, reforçam o método de uma política de Estado de exclusão ultraconservadora, racialista e fundamentalista militar-religiosa, além de aviltar os conceitos de humanidade e cidadania democrática. O pastor-ministro também se insurgiu contra o ingresso de jovens sem recursos financeiros aos cursos superiores, defendendo um elitismo de classe, exclusivista, ao dizer que “a universidade não é para todos”. Somente na gestão de Ribeiro junto ao MEC, o número de militares cresceu quase 600%. Para o filósofo Michael Foucault, esse fenômeno social do racismo de Estado adquire uma forma estatal e biologizante, atrelado ao processo de emergência do biopoder (o poder que tem por objeto a vida do homem), definindo a educação, nesse conceito fascista-eugenista, como elemento para o “melhoramento racial da população”. A novelização da política Escolas militares x escolas civis    

Canis et circenses

Diz o ditado popular que: “a caravana (ou o circo) passa e os cães ladram”. O desfile de carros blindados das Forças Armadas promovido pelo então presidente da República no Palácio do Planalto, além do espetáculo funambulesco e grotesco, serviu somente para demonstrar a fanfarronice nefasta do chefe da nação e baixar ainda mais a imagem dos militares a uma tropa burlesca, histriônica. Diante do canil palaciano, muita fumaça, soberba pueril, tentando a “demonstração de força” de um desgoverno frágil, covarde e antidemocrático. A tentativa de intimidação da sociedade e do Parlamento, exatamente no momento de votação da PEC 135 que regulamentaria o voto impresso é uma provocação desesperada e desprezível de um presidente com lampejos ditatoriais e rompantes fascistas. A sociedade brasileira não se intimidará com desfiles travestidos de chicanas e, tampouco, à pilhéria insensata de um presidente autoritário, desequilibrado e genocida. Circo dos horrores O medo governa      

Filme de Tarantino conta a tragédia da atriz Sharon Tate

O diretor Quentin Tarantino filma sua versão da história da atriz Sharon Tate, brutalmente assassinada em 9 de agosto de 1969 a mando do psicopata Charles Manson. Com o título Once Upon a Time in Hollywood, o filme terá Margot Robbie como Sharon e Leonardo Dicaprio e Brad Pitt como dois atores vizinhos de Sharon em Hollywood. O ator polonês  Rafal Zawierucha foi escalado para viver o diretor Roman Polanski  no nono título da carreira de Tarantino.  Quando morreu, Sharon estava grávida de Polanski.   Brad Pitt já trabalhou com Tarantino em Bastardos Inglórios e DiCaprio em Django Livre, filme de 2013. Habituês dos filmes do diretor, Tim Roth e Michael Madsen também fazem parte do elenco. A previsão é que a produção chegue aos cinemas em julho de 2019. Teaser do filme:        

Em protesto contra Putin, Pussy Riot invade o gramado na final da Copa do Mundo

por Fernando do Valle No segundo tempo da final da Copa do Mundo entre Croácia e França, quatro integrantes do coletivo feminista Pussy Riot protestaram contra o governo Putin invadindo o gramado vestidos de policiais. Três mulheres e um homem foram presos e divulgaram um manifesto em que acusam Vladimir Putin, que estava no estádio de Moscou, de prisões políticas. No manifesto, Pussy Riot pede a liberdade do cineasta Oleg Sentsov, crítico da anexação da Criméia pela Rússia e que foi condenado a 20 anos de prisão por terrorismo. Elas atacam também os arbítrios da polícia russa. Para isso, usam a figura do “policial celestial”, criada pelo poeta Dmitri Aleksandrovich Prigov que morreu há 11 anos, em contraponto ao policial terrestre. Segundo trecho do manifesto: “o policial celestial protege o bebê que dorme, enquanto o policial terrestre persegue os presos políticos por curtidas e respostas (nas redes sociais). O policial celestial organiza a festa na Copa do Mundo, o policial terrestre tem medo da celebração”. No texto, Pussy Riot faz exigências claras ao governo russo como liberdade aos presos políticos, como já citado; o não aprisionamento por interações nas redes sociais; o fim das prisões ilegais em comícios e maior competição política no país. Assista ao vídeo divulgado pelo Pussy Riot (legendas em inglês): Zonacurva publicou em 2014 texto sobre a luta das minas do Pussy Riot: https://www.zonacurva.com.br/pussy-riot-escancara-os-abusos-governo-putin/ Straight outta Vagina: Police State: Organs: Chaika: Refugees: https://www.zonacurva.com.br/dismaland-o-parque-de-diversoes-distopico-de-banksy/ Banksy cria hotel-protesto na Palestina  

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